Mas afinal, o que busca a ciência da psicologia em relação ao ser humano, senão, apaziguar, ajudara a lidar com os problemas e crises como um valioso processo de autoconhecimento e conhecimento do mundo em que vive, melhorar sua relação e melhor entender o próximo.
A psicoterapia é um processo em que permite olhar o passado, o presente, e o futuro, de maneira crítica. E mergulhar no túnel do passado, não é nada fácil, rever erros e acertos, mexer em feridas não cicatrizadas é extremamente doloroso, e nem sempre se está preparado para essa hercúlea tarefa.
Mas, advertidamente, como procurar o ramo da psicoterapia que mais se adapta às necessidades e seja mais eficaz?
Os problemas mais comuns que surgem no consultório tratam de: autoestima, sexual, incompatibilidade, incompreensão do mundo, problemas familiares etc, e surgem inúmeras escolas psicológicas que propõem ajudar seus pacientes, entre elas:
Psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939): propõe utilização de um divã, para que não haja qualquer possibilidade de constrangimento em se falar de assuntos tão pessoais. Trabalha essencialmente com o consciente, subconsciente e o inconsciente, crê na liberdade (livre) expressão durante o tratamento.
Terapia junguiana do Carl Gustv Jung (1875-1961): que propõe a psicologia analítica e o inconsciente coletivo, ou seja, todos agem e sentem de acordo com os arquétipos comuns. Arquétipo significa a forma pelas quais os fenômenos psíquicos se amoldam no psiquismo humano, através de um modelo (matriz) inato que passa de geração a geração.
Terapia Lacaniana do francês Jacques Lacan (1901-1981): que procura fazer uma interação com seu paciente, a ponto de não importar o que ele diz, mas como diz, o que sente (reage) ao dizer. Busca investigativamente o ato falho e frases soltas ou inacabadas, pois, aí pode habitar o principal do pensamento e emoções.
Terapia reichiana do austríaco Wilhelm Reich (1897-1957): que propõe a inseparabilidade do corpo e a mente, ou seja, todas as repressões, angústias sofridas refletem diretamente no psiquismo e no físico. O efeito dessa repressão cria couraças caracterológica, como força defensiva, ou como também quer Freud “mecanismo de defesa do Ego”, que se transforma em processo neurótico, e que durante a terapia são desvendadas e retiradas.
Terapia cognitivo-comportamental, originalmente baseado em Ivan Pavlov: baseia-se na aprendizagem cognitiva social, entende que o comportamento é resultado das emoções, do pensamento, da sensação física que reflete o comportamento por consequência, pois este é o fenômeno dinâmico em constante construção (condicionamento), e que poderá ser modificado e alterado, pois, a base é o que o paciente pensa de si mesmo e o presente.
Terapia breve é um processo dinâmico que elege um problema do paciente a ser resolvido, portanto é uma terapia focada, é empregada no aqui e agora, sem considerar passado ou futuro. Tem duração mais breve que outros processos, no entanto, se abstém de qualquer outro problema que venha surgir durante o processo.
Qualquer que seja a escola escolhida vai haver sempre como eixo central o bem estar do paciente, sua inteiração e sua relação consigo mesmo e com o mundo, permitir que seja mais feliz, mais completo e mais harmônico. Se esforçará para que o paciente consiga limpar a “fábrica” cerebral de doenças e reações anômalas ao bom senso da vida.
Armando Bueno de Camargo
Psicólogo clínico – 93 377