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Relacionamentos nos tempos da pandemia

Para começarmos essa conversa devemos entender: o que é relacionamento? Quais os tipos de relacionamentos? O que é uma pandemia? Para depois falarmos sobre esses relacionamentos em tempos de pandemia.

Você sabia que há dois tipos de relações humanas: o relacionamento entre pessoas (comunicação interpessoal) e o relacionamento que mantemos conosco mesmo (comunicação intrapessoal). Os dois tipos são extremamente importantes para manter a saúde mental equilibrada.

Relacionamento interpessoal refere-se à interação entre pessoas, seja ele no meio profissional, pessoal ou familiar. Um termo usado pela psicologia para definir qualquer tipo de relação entre duas ou mais pessoas.

Comunicação intrapessoal é a comunicação que uma pessoa tem consigo mesma. São os diálogos interiores onde debatemos as nossas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações e escolhas. Está, de certa forma, relacionada com a reflexão, meditação, pensamento.

Segundo a OMS, uma pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença. O termo é utilizado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

As pessoas estão com dificuldades em seus relacionamentos em geral, seja ele pessoal, virtual ou mental. Um bom exemplo disso é a dificuldade em pegar no sono. O simples ato de dormir, tornou-se uma guerra de nervos dia após dia.

Falar nas redes sociais virou um ato suicida e, por fim, conviver com as pessoas de casa por 24 horas está mostrando faces que nem mesmo nos conhecíamos.

Em contrapartida, tem pessoas que estão aproveitando esse tempo para se conectar ainda mais com seus relacionamentos, seja meditando, vendo filmes, jogando, conversando.

Essas pessoas estão exercendo sua capacidade de se reinventar e modificar diante das dificuldades em que o mundo está passando e isso faz bem para ela e para quem tem contato com ela, isso reflete a sua inteligência emocional.

 

Mas e as pessoas que estão entrando em parafusos, como ficam?

O ser humano foi feito para viver em sociedade e isso ajuda a formar seu jeito de pensar e agir. Se partirmos do princípio que cada ser humano faz parte de um grupo, e que esses grupos são complexos, como exemplo a família, e que cada família tem suas demandas específicas, suas problemáticas e suas relações bastante singulares, podemos começar a entender a dificuldade em que essas pessoas estão passando em meio a uma pandemia.

E agora? Você deve estar se perguntando. O que eu faço? Se tem dias em que nem eu mesmo me aguento!!!!

Minha sugestão é aproveitar esse tempo em que estamos obrigados a viver em quarentena e resolver pendências, seja com você mesmo ou com o outro. Contudo, percebo que as pessoas estão desperdiçando esse tempo, evitando pensar em como melhorar seus relacionamentos.

 

Redes Sociais

Um bom exemplo disso são as redes sociais, onde as pessoas estão fazendo exatamente o contrário do que deveriam. Ninguém respeita ou tenta entender o outro, mas exige ser respeitado e entendido. Como conseguimos equilibrar essa questão? Aprendendo a se relacionar adequadamente.

É nesse exato momento em que devemos procurar a psicoterapia, pois, tentar entender e melhorar seus relacionamentos sempre é o melhor caminho, seja ele com a família, amigos, namorados, esposos, vizinhos, colegas de trabalho, ou você mesmo.

Abordagem Cognitiva

A dinâmica da abordagem cognitiva, que faço uso nos meus atendimentos clínicos, consiste em uma abordagem essencialmente ativa, pois o terapeuta e o paciente interagem de maneira cooperativa, objetivando solucionar os problemas existentes, fazendo com que o paciente identifique e modifique seus pensamentos. Tem caráter diretivo, pois se preocupa em trabalhar com os problemas atuais do paciente, utilizando pensamentos, sentimentos e comportamentos como ponto de partida.

As sessões são pré-agendadas com duração de 40 minutos em média e o tratamento de maneira geral com poucas sessões. Entretanto, podem ser prolongadas como nos casos de transtorno de personalidade, por exemplo. É educativa, pois o terapeuta ensina ao paciente o modelo cognitivo, a natureza de seus problemas, o processo de terapia, e a prevenção de possíveis recaídas.

Proporcionando, assim, modificar as crenças (pensamentos), sobre como o paciente vê a si mesmo, aos outros e ao mundo. Espero ter ajudado e qualquer dúvida estou à disposição.

 

Bruna Roge Mendes da Silva

CRP 06/79766

 

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