Agressividade não dá para ser observada por uma única ciência humana. Estudos revelam que a agressão é um ato impulsivo do comportamento, que em última estância é um processo de autodefesa.
A agressividade se revela em atos que envolvem o emocional, este impulsivo e comportamental traz uma característica de pulsão de vida, ou seja, uma alerta constante de defesa.
Agressividade também aparece em atos de autoagressão, haja vista os rituais masoquistas e de automutilação, chegando a extremos como o suicídio. Notadamente com pessoas que possuem autoestima extremamente rebaixada (que sofreram humilhação e processam a condição de menor valia), e ou com problemas psicológicos não cuidados a tempo.
Agressividade também surge no sentido dissimulado, através do sarcasmo e o cinismo, notadamente em pessoas arrogantes e orgulhosas, que revelam pessoas inibidas ou com autoestima rebaixado, essa forma de se expressar revelar seu verdadeiro caráter.
No entanto, temos que divisar o conceito de agressividade e violência, pois, esse paradoxo, traz semelhanças e desigualdade, como: Agressão é um ato instintivo, um impulso inato do organismo mental, que se expressa em uma atividade de autoproteção, autoafirmação, podendo chegar ao nível de crueldade, onde toda a violência é uma agressão, mas nem toda agressão é uma violência, e todas as formas de agressão podem levar à violência, dependendo do grau de intensidade.
As formas de agressividades têm duas origem, sendo; filogenética, uma programação comum a todos os homens, por sua adaptação de sobrevivência, como impulso de atacar ou fugir, e a segunda de origem biológica (patológica), que tem como objetivo a destruição e crueldade, que via de regra, retratam traços como: possessividade, timidez cisão do mundo real e do mundo ideal (psicóticos – esquizofrênicos) o que em tese representa “distúrbio de personalidade impulsiva – agressiva – e distúrbio de personalidade antissocial.
Alguns fatores sociais desencadeiam a agressividade, estimulam a violência, mormente entre os jovens, devido à carência emocional, financeira, social, conflitos no lar ou mesmo a inserção em grupos organizado e agressivo de origem, como os demandam preconceitos de qualquer ordem.
O estado e a religião têm papel importante como fatores socializante familiar e do indivíduo particularmente, e coibir na medida do possível, através da educação minimizar a agressividade sócio histórica de cada individuo social.
Diante da dificuldade de localização precisa sobre a gênese da agressividade e da violência humana, fica uma esperança que novas ciências como a neurociência, a psicologia, a biologia, a sociologia, sejam capazes de observar com profundidade esse aspecto, permitindo ao sujeito reequilibrar de uma maneira mais branda e mais sociável no meio em que vive.
Esperança, portanto, nas novas gerações, que possa ser sucessão de criaturas mais amorosas e mais responsáveis com o equilíbrio emocional, e que a racionalização permita menor agressividade e agressões.
Armando Bueno de Camargo
Psicólogo